segunda-feira, 23 de setembro de 2013

DIGA-ME O QUE COMES E TE DIREI QUEM ÉS

O Hábito Alimentar é mais definitivo na Evolução do Corredor do que a Organização dos Treinos

A alimentação é algo definitivo na vida de uma pessoa. Temos essa noção de forma muito clara quando falamos de gestantes e crianças. Mas, depois que nos tornamos adultos, parece que nos esquecemos desse conceito, ou seja, de quão determinantes para nossas vidas são os alimentos que colocamos para dentro do nosso corpo. Resultado: nossa saúde fica fragilizada e nosso corpo, cansado.

Lembre-se de que uma alimentação adequada se reflete em maior bem-estar e qualidade de vida. Somos o resultado da relação do meio ambiente em que vivemos com o nosso DNA. Os alimentos que escolhemos fazem parte desse meio ambiente. Somos formados por mais de 100 trilhões de células, sendo que pelo menos 50 milhões delas são renovadas diariamente e cada uma dessas células necessita de no mínimo 44 diferentes nutrientes para seu funcionamento pleno. Para obter esses nutrientes, precisamos nos alimentar bem. Neste momento existe um fator fundamental e definitivo: a escolha do que colocamos em nosso prato é feita a partir dos prazeres de uma boa refeição, associada à presença dos tais nutrientes necessários para recompor o nosso organismo.

Na evolução dos atletas em geral, e dos corredores em particular, a importância metabólica da alimentação e do treinamento é semelhante. Mas se avaliarmos a logística desses dois ingredientes ( ou seja, da alimentação e do treinamento ), perceberemos que o hábito alimentar é mais definitivo na evolução do corredor do que a organização dos treinos.

Por que?

Com a corrida, conseguimos ter um controle maior de variáveis como horário, planejamento, orientação e acompanhamento específico no momento em que a atividade está sendo realizada. Já com a alimentação esse controle é mais difícil, pois mesmo com um planejamento prévio e extremamente específico, devemos estar atentos e educados para situações não previstas, uma vez que nos alimentamos diariamente, de três a cindo vezes ao dia.

Uma pessoa que se alimenta mal ao longo da vida não fornece nutrientes suficientes para seu corpo aproveitar melhor seu potencial bioquímico. Isso vai se refletir na qualidade de vida dessa pessoa, em todos os sentidos: intelectual, emocional, metabólico, etc. No caso de atletas, isso implica perda de rendimento e dificuldade de recuperação, entre outros fatores indesejados.

Coma certo, corra mais!!!

 Mariana Klopfer para Revista O2, maio 2013